Já dizia Bob Marley "Deus fez as pessoas para serem amadas e as coisas para serem usadas, porque usam as pessoas e amam as coisas?" Quando somos colocados nos nossos primeiros meios sociais, como a família e a escola, nosso roteiro de vida já esta pré-predestinado. Devemos terminar os estudos e ser alguém na vida, mas o que é ser alguém na vida? Aquele jovem medico que se dedicou anos a faculdade de medicina, um dos melhores do país, entretanto perdeu o aniversario de 2 anos do filho e a apresentação de balé da filha. Ou aquele pai que conta as moedas para dar o celular de ultima geração que o filho deseja, que joga bola toda tarde com o filho, todavia não pode levar o filho para a praia pois o dinheiro esta curto e com todos esses aumentos de impostos teve que diminuir alguns alimentos do carrinho do supermercado.
"Mas o que importa esse convívio se não posso pagar a faculdade do meu filho?", "Ele tem tudo o que quer, não pode se queixar que sou um mau pai, sou apenas um homem muito ocupado", "Não consigo entender como esse garoto caiu nas drogas se sempre teve tudo o que quis", "você tem que se formar na melhor faculdade e não me importo se para isso vai ter que morar do outro lado do estado", "como você não passou no vestibular? E os cursinhos que eu paguei?”. E lá se vai a autoestima, o amor, a atenção e o afeto. Mas para que essas coisas? Isso cai em alguma prova da faculdade? Hoje em dia o TER é mais importante do que o SER. O que importa aquele almoço de domingo com a família se eu não conseguir terminar de ler todos os livros que o meu professor da faculdade pediu? Porque não se tem tempo para viver nesse mundo de negócios, afinal tempo é dinheiro! Quem não passa no vestibular é fracasso, quem não se forma em uma boa faculdade não é digno de ter um diploma. Mas e quando vamos nos importar com o SER? Quando vamos nos importar em sermos felizes e realizados profissionalmente?
Não importa se você esta feliz, triste, ou deprimido seu horário é as 08h30min e seu chefe não ira entender se você chegar as 08h35min porque estava chateado com o termino do casamento. Não importa se você sente prazer no que faz você não ganha para isso, ganha para desenvolver determinada função e se não desenvolver bem sabe que tem vários candidatos que ficariam felizes em ocupar o seu lugar. Somos humanos tratados como maquinas, engolimos nossos sentimentos e mostramos para o mundo a aparência que ele nos exige, afinal o que importa ser "uma boa pessoa" se você não tem nada? E os bons sentimentos? Eles são de marca? Porque se não são, não me interessam!
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