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terça-feira, 17 de maio de 2016

Reciprocidade

               Segundo o dicionário Michaelis Reciprocidade é: Relação social entre indivíduos, grupos e instituições implicando deveres, obrigações, prestação de serviços, de um lado, e direitos, compensações e retribuições de outro, dentro da escala de valores e padrões socialmente aprovados. Ao meu entender reciprocidade é quando fazemos algo e esperamos que essa mesma pessoa ou instituição faça o mesmo por nós. Mas o mundo em que vivemos hoje é um mundo recíproco? As pessoas retribuem umas as outras pelo bem feito a elas?
                Quando ajudamos alguém em algo não esperamos que essa pessoa nos faça algo de imediato, ficamos feliz com um “muito obrigado” mas interiormente pensamos “sei que posso contar com esse individuo caso eu precise de um favor dele”. Quando vamos a um mercado a atendente nos entrega o troco quando lhe damos dinheiro a mais, essa mesma atendente espera que lhe entregamos o troco caso por ventura do destino ela venha nos dar o troco errado. Nossos pais nos criam com todo amor e dedicação sem pedir nada em troca, afinal à maior alegria de um pai é ver um filho feliz, mas interiormente eles esperam que retribuíssemos esse carinho e dedicação. Um professor ganha salário para estar ali ensinando os alunos – se bem que ultimamente nem isso – entretanto ele espera que os alunos prestem atenção em suas aulas e que se saiam bem nas provas.

                Interiormente sem nem percebermos esperamos a reciprocidade em todas as coisas, e isso é normal, pois quando realizamos algo bem feito queremos ser valorizados e a reciprocidade é uma forma desse “valor” ser expressado. Mas infelizmente o que vemos hoje em dia é que o mundo não é recíproco. O bem é retribuído com o mau; pais e filhos não têm mais o mesmo afeto e respeito um pelo outro, os professor não tem mais a atenção que deveriam receber e acreditem achar uma pessoa honesta hoje em dia não é uma das tarefas mais fáceis. E o que o ser humano se tornou? Aquele que sempre da um “jeitinho de se dar bem”, não importa quem ou o que se tenha que fazer. O sentimento foi trocado por bens matérias, e hoje se mostrar dedicado a algo apenas por um ideal é ridículo aos olhos de muitos. E mais uma vez o ser humano estraga o que ele tem de mais bonito e se julga o animal mais inteligente. Mas qual o valor desse tal de sentimento? De que marca ele é? Porque se não for de marca não me interessa. 

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